É Sempre uma dúvida para os iniciantes no helimodelismo saber escolher qual kit mais se adéqua as suas necessidades e desejos.
Por isso, resolvi adaptar um texto muito bom que achei na internet sobre helimodelos e suas partes.
Afinidade
Entre os modelos aero radio controlados os Helicópteros são de longe, os que mais chamam atenção em um primeiro momento, o que desperta em muitos o interesse em adentrar ao mundo do R/C porem não querendo desanimar já digo que de longe a curva de aprendizado em helicópteros é mais difícil que pilotar aviões R/C. Portanto a primeira dica antes de investir dinheiro em compra de equipamentos é que você vá a um local de voo de helimodelistas para conhecer de perto esta incrível maquina e então decidir qual você acha que se sentirá melhor pilotando.
Prepare o bolso
Diferente de por exemplo uma asa Zagi que pode sofrer varias quedas mas continuar voando sem problemas, nos helis uma queda custa muito e leva tempo para montar e ajustar tudo de novo, esteja preparado! Todos caem uma hora ou outra! Portanto ao escolher seu modelo, tenha certeza que encontrará peças de reposição para o mesmo. Assim, na queda, você poderá efetuar a manutenção e voltar a voar!
Os diversos Kits:Primeiramente, entende-se por “KIT” todo equipamento necessário para montar um helimodelo APENAS, sem motor, servos, gyro, rádio e etc...ou seja, de forma fútil, apenas a carcaça (chassis) do helicóptero.
Tipos e classes:2 canais – micros
Nessa classe encaixa-se o PiccoZ e o Gyrotor da Silverlit que pesam 9 e 35gramas respectivamente, tem-se controle subida e descida e esquerda e direita, para fazer com que vá para a frente coloca-se um peso no nariz. São febre no exterior e são vendidos aqui, após acostumar-se com o delay(atraso) do controle dá para se divertir num dia chuvoso na sala de casa;
2 canais – ML
São vendidos no Mercado Livre e no centro de São Paulo por cerca de 100 reais e nas lojas Americanas por 199,00, são até bonitos mas quando tenta-se voar com um deles parece um pião girando sem controle, fora que não possuem peças de reposição;
2 e 3 canais – ML – Coaxial
Multirotores caracterizam-se por serem compostos de dois conjuntos de rotores principais rodando um em sentido inverso ao outro anulando o torque e dessa forma não necessitam do rotor de cauda, também são vendido no ML, com a promessa de serem mais estáveis, mas tem os mesmos problemas que o de rotor convencional citado acima;
3 canais – Coaxial IR
Encaixam nesta classe os Swift 6020-1, são helicópteros muito estáveis de vôo tranqüilo, desde que não possua vento nenhum! Podem ser comprados no Brasil por R$ 120,00 e lá fora por U$ 30,00. Eles possuem um rotor de cauda para auxiliar o modelo a ir para frente e para trás. Possuem diversas cores e uma autonomia de bateria de uma média de 8 minutos;
4 canais – passo fixo
Encaixam nessa classe os DragonFly da GWS os honeyBee FP (passo fixo), os Blade FP, são helis que possuem todos os comandos necessários, subida descida, cíclico esquerda e direita, cíclico frente e atras e leme direita e esquerda, voam razoavelmente bem sem nenhum vento, tem razoável oferta de peças de reposição no Brasil, e se estiverem bem ajustados podem ser uma boa opção para treino, porem a maioria deles possuem um motor de cauda que tem a durabilidade pequena;
4 canais – Coaxial
Nessa classe temos o Blade CX CX2 CX3, o Lama V3 e V4, Vortex, Big Lama, são mais estáveis que os de 4 canais convencionais, pois o movimento contrario dos rotores anula a necessidade do rotor de cauda, o hover é mais estável e pode-se começar a ter noções de dirigibilidade espacial com ele sem ter muito compromisso financeiro;
6 canais – classe 200
Gaui 200, trex 250, CopterX 250 e HK250 são capazes de vôos 3Ds, mas devido ao seu tamanho sofrem com ventos moderados
6 canais – classe 300
Compy 300, Honey Bee CP, Blade CP, Hornet CP, são capazes de vôos 3Ds, porem podem necessitar de upgrades
6 canais – classe 400
Trex 450, CopterX 450, HK450, Walkera 36 22e 60 62, Mini Titan E325(mini Raptor), Zoom 400, 3DX400. Nessa classe temos o Trex450 e o seu clone CopterX que tem a maior disponibilidade de peças de reposição no Brasil, bem como inúmeras lojas virtuais no exterior. É o que tem o maior numero de usuários no Brasil também, para não deixar de comentar os Walkera estão surgindo em boa quantidade, devido ao preço, mas há que se pesar que a eletrônica embarcada deixa a desejar.
Acima de 6 canais – classe 500
Eolo Spirit, Raptor e550, Hurricane e550, Trex500, são helis entre 1 a 2kilos de peso de vôo, que começam a ganhar mercado no exterior pela facilidade de voar com “apenas” 2 baterias de 3S em serie.
Acima de 6 canais – classe 600 acima
Trex 600, Trex 700e, Raptor e620, IonX. Estes são os maiores helis elétricos disponíveis em serie a venda. Sendo que o Trex 600 já existe a venda no Brasil em algumas lojas, a que se pesar o preço das baterias que em um primeiro momento torna o custo alto;
Mixagem:Mixagem CCPM, HDE, CDE?
Basicamente é a disposição de como os servos atuam na bailarina, HDE é mais fácil de configurar do que CDE (CCPM), no HDE cada um dos três servos atua de forma separada para as funções de aileron, profundor e pitch, já na mixagem CDE (CCPM) eles atuam em conjunto para as mesmas funções, dessa forma ao dar comando de aileron um dos servos sobe e outro desce, para dar o comando de pitch positivo, todos eles sobem ao mesmo tempo.
Componentes:Pás:Muita gente jura de pé junto que já viu um helimodelo com hélices! Bom, Aqueles “trocim” que fazem o helicóptero jogar o ar para baixo e então o tirar do chão, e que estão ligadas ao rotor, chama-se
pás. E Basicamente temos 3 tipos de pás hoje:
As pás de plástico são muito moles, com isso não consegue transferir o comando para o rotor adequadamente. É como se você tivesse um amortecedor, você dá o comando mais o plástico flexiona e amortece, além de envergar muito.
Em compensação, agüentam um pouquinho melhor as raladinhas que ocorrem.
As de madeira são as melhores para iniciantes, na minha opinião. São mais baratas mas possuem uma rigidez muito boa, então não há tanto problema com essas flexões, porem pecam quando se trata de headspeed (velocidade de giro), pois não são tão fortes e toleram um headspeed menor.
As de fibra de vidro mesmo, as boas, possuem uma resistência parecida com as de carbono, rígidas e agüentam uma boa rotação, entretanto dizem não ter pás boas para 450.
As pás de fibra de carbono são mais rígidas, flexionam muito pouco e por isso conseguem transferir o comando muito melhor. São recomendadas para 3D puro pois são as únicas que realmente agüentam as trocas de passos e as forças envolvidas. Além disso, elas são as que realmente resistem a rotações maiores que 3000RPM nos 450, as outras devem funcionar baixo dessa faixa, sempre.
O tamanho influencia na sustentação do heli, uma pá maior gera mais sustentação, uma menor, menos.
Não adiantar colocar uma pá maior sem dimensionar corretamente o motor, é como colocar um reboque num carro, o motor tem que aguentar.
Idem para uma menor, de repente não consegue nem subir com o heli.
O material das pás influencia sim no vôo, e bastante.
Eletrônica:Muita gente fica tentada em um primeiro momento a comprar helimodelos de 6 canais CCPM que pode voar de dorso, acrobático, com cabeçote de alumínio e tudo mais, não caia nessa, o melhor nesse caso é comprar um 4 canais passo fixo, ou melhor ainda um coaxial de 4 canais. Alem de os kits virem completos, não necessitando de se desprender de maiores custos com a montagem do kit.
Aqui segue a lista dos componentes de eletrônica básica para se ter em um heli 6ch (visto que os de 4ch para baixo já vem completos):
- O rádio é o maior amigo do modelista, é a única interface entre o homem e o modelo. Se a escolha deste componente É A MAIS IMPORTANTE! E ao escolher, não se deve levar em consideração APENAS valor. Para tal você deve escolher um rádio que tenha programação para Heli, por exemplo o Futaba 7CH ou mesmo o Spektrum DX6i que tem uma relação custo-benefício ótima, alem do mais você pode usar para pilotar teus aviões também, sempre em Modo 2, ou seja, aceleração na mão esquerda;
- Simulador para PC que tenha cabo adequado para o radio, assim você não precisa necessariamente comprar um heli, basta ter o rádio e um bom simulador para começar. Uma boa opção gratuita é o FMS que pode ser baixado na internet, existem outros como o Realflight G4.5 e G5, Aerofly Pro Deluxe Reflex XTR, HeliSim e o Phoenix;
Eletrônica embarcada:Os componentes essenciais para o heli sair do chão:
- Servos: São os braços mecânicos que convertem os movimentos no rádio para os movimentos mecânicos do heli, Seja para subir o heli ou para incliná-lo durante o vôo. Hoje existe uma infinidade de marcas e modelos e cada modelo de helicóptero possui um “range” de modelos e marcas aceitáveis para montagem do kit.
- Receiver (RX): Responsavel por receber os sinais do rádio, e traduzir os comandos para o resto do helicóptero.
- ESC: Eletronic Speed Control, como estamos falando de helicópteros elétricos, este componente é o responsável por controlar a aceleração do motor e na maioria dos casos, a alimentação de energia para todo o sistema elétrico do helimodelo. Existem basicamente 3 generos de ESCs: Programáveis, BEC Interno, e simples. Os programáveis você pode pré-configura-lo para o seu tipo de vôo e os comportamentos que você quer que ele assuma em determinadas situações. O BEC Interno, possui a eletrônica necessária para alimentar todo o helimodelo. Existem modelos com as duas características e modelos que são simples controladores de velocidade para os motores.
- Motor: Hoje em dia, em se tratando de helimodelismo, sempre tentamos para os motores Brushless (não possuem escovas!) pois possuem maior força e menor consumo. Cada kit e cada piloto possui um motor que se adéqüe a seu modo de vôo.
- Gyro: Responsável por interpretar os movimentos do heli e responder de forma a manter o helicóptero “equilibrado”, sem que o mesmo gire no seu próprio eixo. Este componente “entende” para que lado o helicóptero está girando e passa comandos para o servo de cauda ajustar de forma a manter a estabilidade do vôo.
- Baterias LiPo: Claaaaro que não poderia faltar as baterias de LiPo, que por possuírem uma característica de fornecer altas correntes de descarga e melhores autonomias, são as utilizadas no helimodelismo. Para Entender bem a fora qual bateria comprar para seu heli, você tem que saber o total de tensão (V) que necessitará para alimentar o sistema, A quantidade de carga (mAh) que a bateria irá segurar e o total de corrente a bateria poderá descarregar/carregar (C): Ou seja, para um heli 450 podemos usar uma 3S 2200mAh 20C que é: 3S = 11,1V; 2200mAh e 20C de carga/descarga.
Acessórios/Ferramentas de campo: Um bom conjunto de ferramentas composto por chaves allen de 1mm ate 4mm, chaves de fenda e philips de 3 tamanhos, chaves de fenda e philips de relojoeiro são as ferramentas indispensáveis para este hobby, que ainda não podemos esquecer dos:
- Alicate
- Alicate Corte
- Alicate de links (Ball Link Plier)
- Multímetro (estamos falando de um helicóptero movido a baterias, o que você esperava?!)
- Ferro de Solda
- Fio de Solda
- Abraçadeiras de plástico (Zip Tie) MUITAS...
- Balanceador de Pás, Não se deve de forma nenhuma voar um helimodelo com pás desbalanceadas, pois as conseqüências não serão das melhores!
- Pitch Gauge, utilizado para medir a angulação das pás. MUITO IMPORTANTE DEMAIS DA CONTA para o helimodelismo 6ch.
- Carregador de Baterias. Baterias de LiPo precisam de atenção especial, portanto nada de comprar carregador do camelô que passa na sua casa, atente para CICLADORES/BALANCEADORES especiais para baterias de LiPo.
- Tacômetro, termômetro, Paquímetro, são opcionais, mas no processo de ajuste do heli, são de uma ajuda inestimável para identificar problemas;
Segurança em primeiro lugarAs hélices do rotor principal de um helicóptero radio controlado podem matar, não é brincadeira, a rotação do rotor principal gira entre 1700 a 2500 RPM, que faz com que a velocidade na ponta da hélice alcance 130km/h!! em um TREX600 que tem pás de 600mm essa velocidade chega a mais de 200Km/h. Portanto certifique-se que no local escolhido para ajustes e treino não haja pessoas e animais no raio de ação do helicóptero;
tenha sempre por habito realizar o pre-check de voo e apos o voo verifique tudo novamente;
Certifique-se sempre antes de ligar se todos os links e parafusos estão devidamente encaixados/apertados para que não soltem em voo e atinjam alguém;
Sempre verifique a sua freqüência;
Sempre ligue o TX antes de ligar o Heli;
Faça um teste de alcance;
Nunca ajuste parâmetros de motor ou troque de modelo no TX com o heli ligado;
Nunca tente ajustar o tracking das pás principais perto do rosto;
Após uma queda, deixe a bateria isolada por meia hora;
Após uma queda troque as hélices principais, mesmo que estejam visualmente boas;
Este texto foi adaptado a partir do original do E-Voo (http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=21576)