Nosso amigo Mosart Sebben que mora nos EUA,foi a feira de Oshkosh e nos relatou por e-mail esse maravilhoso encontro,repasso aos amigos:
"Olá pessoal,
Visitei a feira de Oshkosh nesse fim de semana, e gostaria de repassar aos amigos o que vi, assim como fiz no ano passado.
Como previsto, a feira não decepcionou. Continua sendo o maior evento de aviação do mundo.
Alguns números:
O evento recebeu uma média de 75 mil visitantes por dia (no sábado foram mais de 120 mil), para um total de 500 mil visitas na semana. 10 mil aviões pousaram na segunda-feira e partiram no domingo. Daí vem a frase: “Oshkosh – A torre de controle mais movimentada do mundo”. 25% dos aviões vieram para demonstração, desde militares modernos ou da segunda guerra, até os mais simples ultra-leves. O evento recebeu mais de 2 mil visitantes internacionais de 62 países. Os países que mais compareceram foram: Canadá, Austrália e Brasil, nesta ordem.
“Nossa” Embraer fez bonito, expondo seus jatos particulares (Phenom 100 e 300), abertos a visitação (como vem fazendo ha 6 anos). A Embraer foi a única empresa expositora que se dedica unicamente a jatos no mercado americano. Empresas como a Bombardier (Learjet) e Gulfstream não compareceram (por miopia na visão de mercado, de acordo com os executivos da Embraer). A Embraer abriu recentemente uma planta no estado da Florida e deveiniciar entregas de jatos ainda neste ano.
Voltando a feira. A Boeing compareceu (como visitante) com seu protótipo do 787. Pousou na sexta-feira e decolou no sábado, permanecendo aberto para visitação. O aparelho é menor do que eu esperava no comprimento (considernado a tendência estabelecida pelo A380), porém tem um ciscunferência de fuselagem bem grande. Na decolagem, nada de diferente exceto o silêncio das turbinas Rolls Royce. Depois da decolagem os pilotos ainda brincaram com os ailerons como se estivessem acenando (coisa de aeromodelo – Rocking wings).
A noite de sábado foi iluminada pelo show aereo noturno, que usou de “pirotécnica” para jogar fogos-de-artifício a partir dos aviões. Contando com iluminação especial, eles organizaram um verdadeiro espetáculo. A apresentação que me chamou mais atenção foi (como no ano passado) de um planador com motor a jato, fazendo um show de acrobacias a noite, e com iluminação no rastro de fumaça. A novidade foi a quantidade de fogos que ele conseguiu lançar. Até mesmo o narrador do evento mencionou estar impressionado (como um planador consegue levar tanto peso?).
O evento terminou no domingo com a fila infinita de aviões esperando para decolar. O mais interessante é que a pista de taxi (fila para decolagem) se organiza com os motores desligados. Claro que faz sentido pela demora, mas não é uma situação comum – pilotos e tripulação empurrando seus aviões para a pista, inclusive jatos.
No evento todo, apenas um problema com uma decolagem (que foi oficializado). Ironicamente com um militar, em um F16. O Falcon saiu da pista já “rolando” para a decolagem, e afundou o trem de pouso na grama. Com essa, descobrí que o Pasto não capacita decolagem de um F16. O piloto saiu do avião sem problemas (apenas com muita explicação para dar aos seus superiores). Um vídeo do pouso (dias antes) deste avião mostra que ele não gerou fumaça quando o trem tocou o solo, o que indica um problema no sistema de freios e possível causa do acidente. Pura especulação, acho.
Lembrei agora de mencionar uma cena que vai ser dificil de esquecer. Eles organizaram o que chamam de ”tudo no ar”, e colocaram no mesmo espaco aereo, nao menos que 50 avioes. Parecia um voo em formação, impressionante.
Forte abraço a todos.
Mosart "