Condensação : Cumulus, Stratocumulus, Cumulonimbus
Se não forem dissipadas pelo vento ou interrompida por uma forte camada de inversão, uma térmica úmida normalmente acaba em forma de uma nuvem, a qual eventualmente se dissipa.
Cumulus
Estas são as nuvens mais comuns formadas pelas térmicas. Vários passos estão envolvidos no seu desenvolvimento.
À medida que uma térmica sobe, ela se resfria. Quando o vapor d’água contido na térmica é resfriado ao seu “ponto de orvalho” ele se condensa, formando gotículas que ao refletir a luz são visualizadas na cor branca.Estas são as nuvens mais comuns formadas pelas térmicas. Vários passos estão envolvidos no seu desenvolvimento.
À medida que uma térmica sobe, ela se resfria. Quando o vapor d’água contido na térmica é resfriado ao seu “ponto de orvalho” ele se condensa, formando gotículas que ao refletir a luz são visualizadas na cor branca.
O processo de condensação libera energia que é adicionada à ascendente gerando turbulências dentro da nuvem. O súbito acréscimo da taxa de subida faz com a térmica se misture mais rapidamente com o ar circundante diluindo o ar ascendente mais leve. Está diluição súbita do ar ascendente e a condensação do vapor d’água se combinam de forma que a nuvem entra num equilíbrio dinâmico, dando a impressão de que ela está parada (às vezes está mesmo).
Se mais térmicas continuarem a alimentá-la, a nuvem continua a crescer.Nuvens cumulus tipicamente atingem altitudes de 800 a 5.000 m.
As primeiras gotículas suspensas formam fiapos irregulares que vão se tornando mais espessos e coalescem. A nuvem vai se tornando crescentemente mais compacta e suas bordas mais definidas. Uma formação de cúpula (côncava) aparece acima da área de ascensão mais forte.
Gotículas flutuando abaixo da nuvem também indicam umidade e ascensão forte. A área de melhor ascensão está geralmente do lado que o vento vem (contra o vento), especialmente se este recebe calor adicional do sol.
Quando a térmica termina (talvez porque a nuvem tenha bloqueado a incidência da fonte de calor), a nuvem entra em seu estágio final. A base se torna convexa e suas bordas começam a se desintegrar. Os contornos da nuvem tornam-se menos definidos.
Os fragmentos remanescentes da nuvem dissipam-se em descendentes, que persistem por um curto período de tempo após todos os traços visíveis da nuvem terem desaparecido.
Quanto mais seco estiver o ar, mais rapidamente este processo ocorre. Numerosas nuvens em uma área indica a umidade de ar circundante está em alta prolongando a vida (p/ mim elas, assim como a atmosfera, têm vida) das nuvens.
Stratocumulus
Se o ar acima da base de uma nuvem tipo Cumulus está úmido, o ar ascendente pode iniciar uma reação em cadeia. O resultado é a condensação da umidade circundante. Este processo continua enquanto o ar continuar se condensando, o que pode ocorrer até mesmo tendo a térmica cessado.
Se a camada úmida estiver acompanhada de uma inversão (como frequentemente são), a nuvem pode se achatar e se dilatar lateralmente, formando um Stratocumulus.
Cumulonimbus
Nuvens do tipo Cumulus às vezes transformam-se em uma nuvens Cumulonimbus (ou “Cb”), a qual continua crescendo, mesmo que a térmica original tenha acabado, atingindo altitudes acima do 12.000 m (depende da latitude). O topo dos Cb’s geralmente atinge a Troposfera.
Um Cb se forma quando existe uma fonte térmica forte, ar instável e úmido, e nenhuma inversão forte que venha deter seu crescimento. Ventos muito fortes geralmente impedem a formação de Cb’s.
A energia liberada pela condensação é adicionada à térmica de forma que a partir de um certo tamanho, esta energia de condensação passa a ser suficiente p/ promover o crescimento da nuvem. Quanto maior o seu tamanho, maior a liberação de energia e mais rápido será o seu crescimento. A nuvem fica maior e mais complexa, podendo conter múltiplos centros com fortes ascendentes e descendentes turbulentas, e normalmente violentas.
Cb’s são nuvens que podem acarretar muitos problemas a qualquer tipo de aeronave. Sua influência pode ser sentida a mais de 60 km de distância.
Um dos graves problemas que ocorrem neste tipo de nuvem é o fato de que o piloto por estar longe imagina estar em distância segura de sua ação vertical, contudo o risco não existe apenas em ser “chupado”. Quando a chuva começa, a água que cai num volume incrível, empurra o ar que está embaixo e este chega a atingir velocidades superiores a 100 km/h em locais que a princípio
pareciam protegidos de seus efeitos.
Não confie no fato da nuvem estar branca pois se você estiver do lado que o sol incide, você a verá branca. Mesmo nuvens muito pequenas parecem escuras quando há sombra nelas.
Geralmente quando o dia está propício p/ formar um Cb, está p/ formar outros e uma nuvem bem maior pode estar escondida por um Cb que sua experiência diz ser seguro.
Infelizmente, tivemos diversos campeões do mundo na prática de vôo (planadores e asa delta), assim como outros pilotos muito competentes, que erraram ao imaginar o estrago de tais nuvens e não tiveram outra chance.
Evite os Cb’s:
“Cb no ar, voador(a) no bar!”
Expansão, Misturas, Resfriamento
Assim que sobe, uma térmica se expande. Ao passo que se expande o crescente atrito dissipa parte da energia de subida. Também ocorre mistura com o ar circundante, gradualmente se extiguindo.
Se falta na térmica umidade suficiente para a formação de nuvens, ela simplesmente sobe, sem no entanto se tornar visível (blue thermal).
Escolhendo a Melhor Hora para Decolar
Primeiro, você tem que escolher a hora apropriada para decolar. Depois, deve localizar a térmica. E finalmente, tirar o melhor proveito dela.
Também como no lift, definir a hora de decolar começa com a observação da vegetação em movimento, perceba a onda na vegetação subindo o morro.
Quando decolar, não espere que a térmica esteja desenvolvida na rampa.
Decole no início dela. Cronometrar os ciclos (intervalo e duração) delas ajudará a acertar o instante mais apropriado.
Observe os pássaros, formações de nuvens, etc... É importante que os demais sinais estejam indicando um momento de ascensão.
Localizando Térmicas
Use o seu conhecimento sobre térmicas, seu raciocínio e todas as evidencias disponíveis para localizar as térmicas, o que o ajudará a atingir suas metas de vôo.
Dedução
Esquematize seu aprendizado e experiência para localizar térmicas. O que entende sobre o processo de formação, como são estruturadas, os gatilhos, como se desenvolvem à medida que sobem, como se extinguem e estime onde as térmicas são prováveis de serem localizadas.
=> Pergunte a si mesmo : onde o ar deverá se aquecer?
=> Onde estão os pontos de gatilho? (lembre-se que os pontos de gatilhos são tão importantes quantos as fontes de calor, especialmente em ventos fracos).
=>O quão úmido está o ar?
=> Se está se movendo?
=>Qual a velocidade?
=> Em qual direção?
Suas perguntas e um pouco de lógica aumentarão a probabilidade de encontrar uma térmica (ou ser encontrado por uma).
Sempre que você estiver numa térmica, tente identificar de onde ela deve estar saindo. Se for capaz de localizar a fonte, observe a sua posição em relação a ela, verificando como está a sua deriva. Observe que ela normalmente muda com a altitude. Use estas informações p/ condições semelhantes.
Sinais Visíveis
Algumas vezes você verá sinais que tanto confirmarão ou contradirão suas conclusões.
Por exemplo, se avistar poeira, bandeira ou fumaça de diferentes pontos convergindo para um, ao invés de derivar com o vento, o ar deverá estar subindo a partir daquele ponto. Ao contrário, se estes sinais mostram que os ventos divergem de um só ponto, há chances de que o ar acima esteja
descendo.
Em áreas com vegetação ao avistar folhas se movendo independentemente de qualquer vento, pode indicar uma térmica se liberando (infelizmente, você tem que estar baixo para ver o movimento na vegetação).
Cúpulas de névoa – formações no topo de camada de inversões – são geradas por térmicas tentando varar a inversão. Você será capaz de ver névoa mais facilmente através de óculos de sol com lentes marrons ou amarelas do que com lentes azuis. As lentes polaroides são as melhores ; poderá enxergar névoa, contornos de nuvens, poeira mais facilmente através de polaroides do que com olhos nus.
Mais Sobre Nuvens
Nuvens Cumulus são uma grande pista sinalizando a existência de ascendente, entretanto há significante espaço de tempo entre o desenvolvimento de uma térmica e o desenvolvimento da nuvem Cumulus que ela produz.
Se estiver a uma certa distância de um grupo de nuvens, escolha a menor com a base mais clara, que estiver crescendo. Se estiver alto o suficiente, escolha a nuvem com sua cúpula mais bem formada. Mais baixo, escolha a nuvem com a área mais escura em sua base. Se em sua escolha perceber que a base da nuvem está se tornando convexa, significa que está dissipando.
Alguns sinais são evidência concreta de onde a térmica está, não apenas onde poderia estar. Térmicas fortes carregam, folhas, insetos, poeira, sacos plásticos, etc.
Dust Devils
A pressão do ar é bem mais baixa no centro de um “dust” e uma forte turbulência pode existir ao longo de toda parede deste centro, especialmente perto do solo.
Os “dust” são formado a partir do encontro de duas ou mais térmicas. A região ascendente está em torno deles e não sobre. No interior, há fortes descendentes.
Outro indicador visual é a fumaça. Fique atento, pois se fumaça subisse sempre com as térmicas, não teríamos problemas de poluição tão graves. O comportamento delas é que deve ser analisado.
Quando se avista parte dela derivando subitamente p/ cima, é sinal de térmica.
Geralmente as partículas sólidas que formam aquilo que chamamos de fumaça, são arrastadas pelo vento de forma que a parte principal da térmica costuma estar um pouco mais contra o vento. Fumaças de indústrias de cimento são muito mais pesadas do que as demais, derivando muito mais por isto, o que as vezes nos dá a falsa impressão de vento muito forte.
Finalmente, se avistar planadores, asas, parapentes, pássaros que não estejam batendo suas asas, circulando e ganhando altitude, não há qualquer dúvida que ali há uma térmica.
Pássaros podem usar térmicas que são muito pequenas. Quando usado em combinação com outros métodos para estimar o tamanho das térmicas, os pássaros fazem excelentes dimensionamentos de térmicas, contudo, pássaros às vezes estão apenas brincando (pelo menos parece isto). Importante que certifique que estão realmente subindo.
Avaliando o Tamanho e a Força das Térmicas
Suponha que você localize uma térmica, mas não tenha qualquer idéia de sua largura ou sua força.
Continue voando em frente e fique atento ao seu variômetro. Se o vario continuar a registrar ascensão enquanto você contar vagarosamente até três, inicie o giro. Não siga isto rigidamente.
Se não souber p/ qual lado, faça a curva contra o vento, pois se for a direção errada, ainda poderá apegar a térmica. Se virar a favor e estiver errado, cairá na descendente e depois contra o vento será mais difícil retornar. À partir daí, vá fazendo elipses, de forma a mapear melhor a térmica.
Importante lembrar que é necessário curvar sempre no ponto de máxima ascendente. Nunca após o vario ter parado de apitar. Esta regra ajuda muito no início. Com o tempo e a experiência, cada piloto vai adaptando p/ um método próprio.
Se houver outros pilotos, gire p/ o mesmo lado dos que lá já estavam.
Centrando
Numa térmica, concentre-se em permanecer na parte que sobe mais.Tente se posicionar de forma que o meio desta esteja no centro dos seus giros.
Há inúmeros métodos para centralizar uma térmica. Eles sempre parecem fáceis no papel, mas nem tanto de por em prática no ar. O meu método é simplesmente continuar girando, variando o centro dos giros, aumentando ou diminuindo a curvatura sempre que suspeitar que há uma melhor ascendente em outro ponto.
Se estiver voando em uma térmica com vento, deverá deslocar o círculo contra o vento, pois poderá ser empurrado pelo vento e cair na descendente.
Se Perdê-la ...
Cair de uma térmica é uma experiência bastante comum. Se você não puder achar a térmica após ter caído dela, pode ser que ela tenha se separado e subido para cima de sua altitude. Ou, pode ter sido arrastada pelo vento; às vezes, é possível encontrá-la virando à favor do vento, mas tenha certeza antes de que ela não está na direção contrária ao vento.
Subir Rápido
Para subir mais rápido é preciso estar na região que sobe mais. A ascendente mais forte está no centro de uma térmica, logo seria lógico voar no menor raio possível para estar o mais perto do centro. No entanto, giros estreitos significam ângulos com a horizontal aumentados, e consequentemente maior razão de descida. Se o centro da térmica é significativamente mais forte do que o resto da térmica, curvas de raio pequeno são justificadas. Se a diferença da taxa de subida dentro da térmica é menos drástica, voe em giros maiores para conseguir uma menor razão de descida de seu equipamento.
Cada térmica tem a sua característica. Tente observar pássaros e/ou outros pilotos como referência. Faça testes e use o vario p/ tirar suas próprias conclusões. Ter um retrato mental do que acontece é fundamental.
Tome cuidado com Hipoxia em Grandes Altitudes (para os que entrarem em nuvens monstruosas, além do frio ...)
Se você estiver muito alto, conserve o oxigênio para fazer somente os movimentos necessários; você necessita de oxigênio para se aquecer. Tome cuidado com a Hipoxia, uma condição resultante da quantidade insuficiente de oxigênio.
Sempre Tenha uma Área de Pouso em Mente
Uma vez que você esteja no ar, esteja certo que uma área de pouso de algum tipo esteja dentro dos seus planos.
Considere que para alcançar essa área de pouso deve contar com a performance do seu equipamento, com a direção do vento para ajudar ou atrapalhar a alcançar esse pouso e com eventuais descendentes que possa encontrar no caminho.
Deixando Uma Térmica
Antes de deixar uma térmica tenha um plano para o seu próximo passo, não espere chegar até a base de uma nuvem para traçar um novo plano de onde ir em seguida. Analise as nuvens vizinhas enquanto você sobe, usando o tempo gasto nos giros para determinar qual delas está se desenvolvendo e qual está dissipando.
Alguns pilotos deixam a térmica simplesmente se alinhando quando estão na direção do alvo desejado.
Outros pilotos preferem sair pelo lado p/ fugir de descendentes fortes ou de situações turbulentas.
Sempre depende da térmica em questão e da posição em que se está nela, o que funciona melhor.
Sair pelo miolo, ou o mesmo que se alinhar na direção desejada pode apresentar mais turbulência.
Qualquer que seja a técnica, esteja preparado para aumentar sua velocidade quando for atravessar o ar descendente que existe no lado de fora da térmica, atravessando o mais rápido possível.
Esteja também preparado para atravessar as interfaces que podem apresentar turbulências severas quando os gradientes de velocidade vertical forem grandes.
Algumas Normas de Etiqueta:
=> Se entrar em uma térmica já ocupada por um outro piloto, gire na mesma direção que o piloto.
=> Ajuste os seus giros de forma que eles sejam concêntricos com os demais pilotos.
=> Se outro piloto está subindo mais rápido do que você e está abaixo, dê preferência, pois a visão deste piloto é mais limitada do que a sua.
O conceito de outras regras aplicadas para locais em particular são válidas tanto para vôos em encosta como em térmicas. Cheque com os pilotos do local para as especificações.
Voando Em Outros Tipos de Ascendentes
Há vários tipos de ascendentes além de lift, térmicas e ondas. Esta seção discutirá alguns destes outros tipos, especialmente aqueles mais apropriados ao vôo livre. Não será falado sobre os tipos como planeio dinâmico, a técnica a qual permite ao ás do vôo, o albatroz, fazer vôos trans-oceânicos aproveitando o gradiente horizontal do vento. Esta técnica requer altos níveis de performance além do que é possível ao vôo de parapente e asa. Possível apenas p/ alguns planadores. O mesmo para vôo de onda pois p/ isto é preciso que o equipamento seja veloz (acima de 100 km/h).
Pré- Frontal
Frentes frias climáticas podem fornecer ascendentes transitórias as quais podem ser usadas por pilotos de vôo livre em certas situações.
Como Ascendentes de Frentes são Criadas
Ascendentes de frente ocorrem quando uma massa de ar frio encontra uma massa de ar quente e a força para cima.
Frentes vagarosas produzem ascendentes fracas, frentes que se deslocam rápido produzem ascendentes fortes. Frentes frias (ar frio avançando no ar quente) são geralmente mais inclinadas e mais rápidas do que as frentes quentes (ar quente avançado contra o ar frio) e normalmente produzem ascendentes fortes. Se o ar quente contém umidade suficiente para condensação, a aproximação de uma frente fria pode produzir nuvens tipo Cumulus ou Cb’s.
Estas nuvens às vezes formam uma sólida parede de cumulus entre 50 - 150km à frente da massa de ar frio.
Há possibilidade de fortes correntes de ventos nestas condições podendo mudar qualquer vento existente em 180 graus...muito rápido.
Como Voar em Ascendentes de Frentes
Para voar na aproximação de frentes frias deve-se posicionar à frente das nuvens, contudo tal prática é extremamente perigosa, pois há possibilidade de formação de CB’s e de ventos muito fortes, o que pode prejudicar muito o pouso.
A área de melhor ascensão está abaixo da borda principal da nuvem que precede a frente. Esta área tende a ser estreita e é seguida de perigosas “chupadas” e aguaceiros.
O fenômeno inteiro se move e você deve se mover junto com ele de forma a evitar que seja “engolido” pelos ventos que vem atrás de você, independente do caminho que ele esteja tomando, quer você queira ou não.
Portanto, se você atingir a altitude necessária ou já estiver no ar, e se a direção da frente corresponder com seu curso, e se você tomar o cuidado de manter a posição apropriada em relação a frente, permanecer na ascendente frontal pode ser um caminho para voar grandes distâncias.
Quando você voa numa ascendente frontal, é imperativo que você mantenha os olhos abertos na situação. No minuto que você determinar que fortes ventos e/ou turbulências estiverem tornando a sua posição perigosa, saia.
Baseie esta decisão em sua avaliação das condições ou em outras evidencias...
Recomendo que parapentes não se atrevam a voar nestas condições.
Convergência
Quando duas massas de ar em movimento se encontram, o ponto do encontro é chamado de “convergência”. Sempre que uma convergência ocorre, certa quantidade é forçada para cima. Este movimento ascendente é conhecido como “convergência”.
Convergência com a Brisa do Mar
Frentes criadas pela brisa do mar são um tipo especial de frente com características diferentes daquelas ocorridas em terra.
Estas frentes ocorrem quando o ar frio sobre o mar (mais frio do que a terra durante o dia) flui para a terra por baixo do ar quente, forçando o ar quente para cima, que sobe e se move em direção ao mar para completar o fluxo convectivo.
A brisa do mar pode penetrar para o interior por mais de 100 km quando o terreno é plano (na região de Alfredo Chaves, não chega a avançar 5 km sobre a terra) e atingir velocidades acima de 40 km/h. Brisa do mar forte pode inibir atividades térmicas na área litorânea, ainda que térmicas sejam possíveis nesta área. Atividades térmicas são normalmente intensificadas ao longo da borda principal da frente.
Diferenças de Temperatura
Quanto maior a diferença de temperatura entre a água e a terra, maior o fluxo convectivo. As áreas litorâneas que ladeiam correntes de águas frias, são propensas à convergência mais forte (se a terra estiver ensolarada).
Como Identificar uma Frente de Brisa Marítima
As frentes de brisa marítima geralmente deixam um número de indícios por onde ocorrem.
Formação de Nuvens
Nuvens Cumulus aparecendo na faixa litorânea da frente é um sinal de térmicas dentro da área de brisa marítima. Nuvens “Stratus” baixas na terra indicam a provável ausência de tais ascendentes.
Diferenças Visíveis
Vista do alto, uma frente de brisa marítima algumas vezes é visível. Em muitos casos, você verá névoas no ar marítimo úmido em contraste com o ar de terra mais claro. Se a visibilidade decresce significativamente, ele está estável e você provavelmente não encontrará ascendentes.
Na falta de nuvens, fumaças ou poeira podem marcar a convergência.
Outros tipos de Convergência
As convergências ocorrem regularmente em certas (bem conhecidas) “zonas de convergência”, mas dadas as condições favoráveis, elas podem se desenvolver numa variedade de situações.
No Lado Oposto de Um Obstáculo
Quando o ar em movimento flui em volta de um obstáculo, tal como uma colina ou montanha isolada, ele se encontra no lado oposto e converge.
Num Vale à Tarde
Quando uma encosta começa a esfriar após um dia de sol quente, o ar frio tende a descer pelas encostas. Estes ventos são chamados de “catabáticos”.
Ventos catabáticos de uma única encosta age como uma pequena frente fria, empurrando o ar quente para cima. Se descem pela montanha em ambos os lados de um vale, ocorre uma convergência no vale.
Muitas vezes, um vale oferece a melhor ascendente à tarde. Pássaros voando sobre um vale no fim da tarde é um bom sinal de convergência de ventos catabáticos. Provavelmente ficam a caçar insetos que são carregados para cima pelo ar ascendente.