Lift e Planador RC
uma matéria da revista Hobby link sobre Lift.
Através dos tempos, o homem passou a conhecer estudar maneiras de desafiar a força da gravidade e o tem conseguido, mas a custa de grande queima de energia.
Porém, a nossa volta,podemos,com um olho clinico, descobrir nas montanhas alguns locais apropriados para que o homem atinja esse objetivo. Nesses lugares, além
da gravidade que nos prende com grilhões ao solo, existem os rios de ar que sobem como que desafiando a força maior.
Essas correntes aéreas ascendentes ligadas a acidentes geográficos são chamadas de lift, que, em inglês, significa levantar.É fácil entender que , quando os rios de vento
seguem laminarmente uma área plana, ao encontrarem um monte, se projetam para cima, criando uma área de sustentação, um verdadeiro parque de diversão aéreo livre da gravidade.
Dependendo da velocidade do vento, de sua incidência e também no formato do obstáculo, esses rios de vento fazem a festa dos aeromodelistas que voam Planadores,
permitindo que eles possam, desde que o vento esteja de frente, burlar a gravidade por algumas horas.
O vôo de Planadores em encosta é antigo e muito estimulante mentalmente frente a dificuldade de domínio de tantos fatores, além de ser altamente viciante.
Essa pratica encontra-se em plena expansão, na verdade, sendo redescoberta (graças a novo materiais) nesta década.
O vento, personagem central no Planadorismo, em grande parte o produto do aquecimento da crosta terrestre e flui de um lado para outro, como fluidos de diferentes temperaturas e
densidades. O estudo dessas correntes alusivas e de seu atrito com as montanhas constitui uma mania dos voadores em geral, especialmente dos de Asa Delta, Parapentes e Planadores RC. Com
o tempo, eles se tornam meteorologistas amadores. A análise de encosta e montanhas para o Vôo Planado leva tempo e requer dedicação, mas a premia regiamente o observador-piloto.
Falamos aqui de micrometereologia (aplicada a áreas restritas) e de correntes oro gráficas (mecânica do fluido-ar). Tais expressões técnicas complicadas precisam
ser compreendidas, Vamos ao modelo básico de encosta que pode ser desde uma montanha até um aterro sanitário em forma de monte perto de sua casa.
A zona de Lift pode ser extensa bem a frente em cima da encosta, desde que o vento esteja na proa do modelo. Este pode ganhar altitude com muita facilidade,
respeitando os limites desta banda de Lift. A inclinação de encosta e a velocidade do vento também são fatores determinantes, porém, o vôo de encosta,
no caso de Planadores rádio-controlados acontece com um vento entre as faixas de velocidade de 7 a 20 mph (11 a 32 km/h). Acima disso,podemos lançar
mão do lastro, tornando o Planador mais pesado.
Mas se o vento estiver forte e a encosta for boa, corre a boca miúda que qualquer coisa que consigamos amealhar nas redondezas, incluindo o estepe do seu carro,
haverá de voar. As encostas localizadas sobre o mar proporcionam um vôo mais "liso",pois o fluxo de ar que recebemos é laminar e o modelo parece voar fixo
numa espécie de trilha, tal sua estabilidade. Porém, não podemos nos esquecer dos pontos de uma encosta em que a sustentação precária e a turbulência
ululam esperando os incautos. Neste caso, os locais a serem evitados são os de trás e das laterais da encosta, onde o vento acelera numa descendente
rápida e rasteira. Alguns outros pontos turbulentos podem ser observados.
O Vôo de encosta chamado de "slope" (declive) no vernáculo inglês é a coisa mais formidável criada pelo homem, embora tenha sido copiada dos pássaros.
Sem barulho e usando o alusivo Lift, voamos juntos com as águias e vamos longe, estendendo nossos sentidos e sentindo o rush de adrenalina jorrando,
enquanto estamos com os pés no chão e livres de um trauma ortopédico. Qualquer prejuízo é material e a alma persevera para novas sensações de vício.
A turbulência é o lado negro da força. Como o ar é invisível , esse fenômeno pode ser reconhecido como nada mais do que um turbilhamento causador
de correntes descendentes.
Nessas zonas de turbulência, sempre voe mais rápido, em busca de Lift podem ter características especiais. Se o vento não é de proa, a sua incidência lateral
até o 30 graus na encosta diminui a banda de Lift. Portanto a importância de uma biruta na área de decolagem tem que ser notada. Este indicador pode se
confeccionado com tiras de papel ou pano fixado um uma haste ou em uma antena de rádio. podemos fazer uso de outros instrumentos para que nossa decisão
de decolar ou não seja facilitada. Tenha a mão um anemômetro (medidor de velocidade do vento) portátil e um sensor de térmicas passantes (thermal snooper),
caso o high tech lhe apeteça.
As térmicas são bolhas de ar mais aquecido que desfilam em ciclos regulares pela área de decolagem e podem ser reconhecidas por um observador astuto.
Finalmente, gostaria de lembrar que o Vôo de encosta deve ser feito em áreas limpas, sem fios de alta tensão e principalmente árvores, que parecem atrair
Planadores. A melhor área de pouso é o topo da encosta, para evitar longas caminhadas.
No mais, tenha sempre muito material de reparo, pois, no vôo de encosta, é comum a força da gravidade cobrar seu pedágio em forma de balsa e plástico
termoadesivo, mesmo dos pilotos mais experientes. Bons Vôos!!!